Publicada em 21 de Setembro de 2021
Lançadas com grande expectativa em 2019, as linhas de crédito imobiliário pós-fixadas, atreladas ao IPCA e à Caderneta de Poupança perderam o fôlego com a alta da inflação e dos juros.
Para se ter ideia, os financiamentos imobiliários reajustados pelo IPCA, por exemplo, chegaram a movimentar mais de R$ 1 bilhão por mês em 2020. No entanto, com os problemas na economia que o País
teve, o volume caiu para a casa dos R$ 300 milhões no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Banco Central. Já para a poupança, a instituição não tem dados específicos.
Funcionamento
Em 2019, a Caixa Econômica Federal foi o primeiro banco a adotar a linha de crédito, oferecendo taxas entre 3% e 5% ao ano, mais o IPCA.
Na época, as linhas possuíam juros quase de 8,5% ao ano, além da Taxa Referencial, o famoso TR. Resultado: as parcelas iniciais sofreram uma redução considerável, já que a inflação estava em um patamar
baixo, estimulando a compra e a venda de imóveis, mesmo em contratos com maior risco.
Sentindo na pele ou melhor, no bolso...
Este aumento chegou em um dos piores momentos, já que o orçamento familiar está bem justo e o desemprego em alta. Assim, muitas pessoas já sentiram no bolso o aumento no valor das prestações e do saldo devedor. Com isso, muitas pessoas podem acabar negativadas, por não conseguirem pagar as dívidas. Problema, grave, à vista!
Resumo da situação
Com o crédito imobiliário mais caro e muito mais escasso, a bolha imobiliária, que já falamos aqui, deixará de ser uma questão regionalizada e passará a ser um problema nacional.
A K90 Soluções Bancárias falou sobre isso enquanto o sinal estava amarelo. Agora, é sinal vermelho!